Xstrata, alvo da Vale, cresce rápido em meio a polêmicas

Genebra – Segredos, polêmicas, rápida expansão e muitas intrigas e escândalos. Assim tem sido a história da Xstrata, a mineradora que poderá ser adquirida pela Vale – em um negócio estimado em cerca de US$ 90 bilhões – e que, apesar de suas proporções globais, tem sede na provinciana cidade suíça de Zug.

No comando da Xstrata está hoje o sul-africano Mick Davis, que vem construindo nos últimos anos uma reputação de ser um dos empresários mais ambiciosos e agressivos no setor de mineração. Desde que assumiu o cargo, há cinco anos, as ações da Xstrata se multiplicaram por sete e a empresa, antes quase insignificante, se tornou uma das maiores mineradoras do mundo. Em 2006, a receita da empresa chegou a US$ 27 bilhões, e seu valor de mercado é atualmente de cerca de US$ 70 bilhões, o que a coloca no quinto lugar no ranking mundial das mineradoras, atrás da BHP Billiton, Vale, Rio Tinto e Anglo American.

A Xstrata dobrou de tamanho a cada doze meses, principalmente graças às aquisições, como a da Falconbridge – a maior mineradora canadense -, em 2006, um negócio de cerca de US$ 18 bilhões.

Davis passou a ser reconhecido em seu país como um executivo de sucesso. Ex-diretor da Billiton, o empresário chegou à Xstrata em 2001 e, desde então, promove verdadeiros terremotos no setor. Com três filhos, o executivo vive no norte de Londres. Mas, segundo a imprensa suíça, está invariavelmente entre terça e quinta-feira na pacata Zug. Conhecido por sua voz calma e sua grande estatura, Davis tem como uma de suas paixões a ópera. Gosta de trabalhar de madrugada em sua própria casa e coleciona aquisições como se fossem troféus. Sua biografia aponta que já participou de transações superiores a US$ 50 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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