Votorantim avança no zinco

A compra do direito de exploração de mina da Mineração Areiense S.A. (Masa) em Vazante (MG), na semana passada, foi apenas o mais recente lance do Grupo Votorantim para garantir matéria-prima ao seu plano de expansão. O investimento pouco acima de R$ 120 milhões é ainda menor que os R$ 250 milhões ainda em estudo para 2005. Segundo o diretor Paulo Motta, a produção de zinco da Votorantim Metais (VM) está baseada em quatro unidades no Estado: duas minas, em Vazante e Paracatu, e duas usinas metalúrgicas, em Três Marias e Juiz de Fora.

A VM, oitava produtora mundial de zinco, concentra todas as suas operações de mineração e metalurgia em Minas Gerais e a meta é ficar entre as cinco maiores em três anos. Para isso, o plano estratégico para o período 2003-2004 previa investir pesado (R$ 430 milhões) na produção. Em 2002, a Companhia comprou a Paraibuna Metais em Juiz de Fora. Ainda em estudo pela diretoria, o novo plano a ser apresentado aos acionistas buscará mais reservas, energia e capacidade produtiva. “Essa será a base para construirmos escala suficiente para confirmar nosso custo competitivo”.

As duas minas garantem apenas 80% da necessidade de Três Marias, completada com minério importado. O crescimento da demanda está sendo puxada pela galvanização do aço, que já chega a metade dos carros produzidos hoje, garantindo maior durabilidade. O grupo produz 20% da energia que usa e a meta é chegar em 2006 com 60%. “Acreditamos que exista um mercado potencial no Brasil. Atualmente, o consumo per capta nacional de zinco é de 1,5 quilo enquanto nos países desenvolvidos esse índice é de seis quilos”, diz. O uso do metal é variado, da construção civil à indústria farmacêutica.

Para conquistar esse mercado potencial, a VM vem promovendo palestras em todo o País, com entidades de classe, para estimular projetos específicos que empregavam o zinco. O faturamento da VM saltou de R$ 278 milhões em 2000 para perto de R$ 1 bilhão esperado para este ano.