Volkswagen assume o controle da MAN

Volkswagen assume o controle da MAN A Volkswagen, a maior montadora européia do setor automotivo, informou no último dia 4 de julho que passou a deter a maioria das ações da fabricante de caminhões pesados MAN, um passo fundamental para a criação de um fabricante gigante europeu no mercado de caminhões pesados.

A VW, que foi obrigada pela lei alemã a fazer uma oferta pública pelas ações da MAN Caminhões, aumentou recentemente sua participação em mais de 30%, “obtendo um resultado bastante satisfatório”, disse o executivo-chefe Martin Winterkorn.

O grupo adquiriu 53,7% do capital e um total de 55,9% dos direitos de voto na MAN, consolidando o caminho para uma aliança comercial com a Scania da Suécia, que também é dona de VW. A empresa pretende fundir as duas fabricantes de caminhões, cada uma delas contribuindo com suas próprias atividades no ramo de veículos pesados, a fim de criar um forte concorrente aos outros dois pesos-pesados europeus, a Daimler Caminhões e a Volvo Caminhões.

A aprovação regulamentar para as diversas estratégias de negócios da montadora alemã Volkswagen ainda deve ser obtida, no entanto, o grupo pretende começar a trabalhar para gerar 200 milhões de euros (290 milhões de dólares) em economia de custos, através de compras conjuntas para as diferentes marcas. A VW tinha oferecido € 95,00 (EUA $ 138,51) para as ações ordinárias e 59,90 € para as ações preferenciais da MAN, empresa que também fabrica motores diesel e turbinas industriais.

“Nosso objetivo de concretizar sinergias substanciais entre a MAN, a Scania e a Volkswagen, de acordo com o interesse de todos os acionistas, empregados e clientes está se aproximando”, contou Winterkorn. A montadora possui 71% dos direitos de voto na Scania; já a MAN detém os outros 17%.

Contudo, um porta-voz da MAN afimrou: “Nossos acionistas decidiram, a MAN pertencerá ao Grupo VW. Estamos abrindo um novo capítulo na longa história da MAN”. A MAN, que foi fundada 253 anos atrás como uma empresa siderúrgica, pretende “aproveitar as oportunidades proporcionadas por esta negociação e apoiar plenamente a Volkswagen em suas estratégias de concorrência”, salientou o porta-voz.