Valeo Campinas é centro mundial de desenvolvimento
A divisão de limpadores de pára-brisas da Valeo, localizada no conjunto industrial da empresa, em Campinas, SP, foi nomeada centro de desenvolvimento desse sistema para o Grupo Valeo em todo o mundo. Instalada no Brasil desde 1997, a divisão projeta, desenvolve e produz conjuntos de limpadores de pára-brisa para todas as montadoras da região do Mercosul, Europa, China e também para o mercado de reposição.
Jean-Luc Terrasse, diretor da divisão para a América do Sul, explica que o Grupo Valeo é o líder mundial na produção de sistemas de limpadores de pára-brisa e que o Brasil ganhou a disputa com outras divisões da empresa, em avaliação que contou com a participação da Alemanha, China, Espanha, México e Polônia, igualmente reconhecidas como importantes centros de desenvolvimentos e de manufatura.
De acordo com Terrasse, há cerca de um ano a Valeo sentiu a necessidade de criar um centro de engenharia responsável pelo desenvolvimento de produtos combinando tecnologia avançada com baixo custo. O objetivo foi encontrar o melhor equilíbrio para poder contribuir com a indústria automotiva de mercados emergentes. Essa relação, segundo o executivo, foi rigorosamente avaliada em termos de custos de desenvolvimento, experiência e qualidade.
A disputa pela melhor proposta também envolveu uma série de conceitos, entre os quais, estudo de novos materiais e design para os produtos, otimização de operações de manufatura, espessuras e tolerâncias, entre outros. No julgamento de Terrasse, a principal vantagem obtida pelo Brasil foi a experiência dos engenheiros no desenvolvimento de peças para veículos populares, com elevado padrão de qualidade e a versatilidade para adaptar-se rapidamente às exigências do mercado.
Terrasse considera que esse exercício de desenvolver produtos que combinam alta qualidade com baixo custo está relacionado com as condições econômicas do País e proporcionou aos engenheiros brasileiros uma grande versatilidade e formação de profissionais altamente especializados. O programa teve início com a contratação de dez engenheiros, número que aumenta gradativamente em virtude do interesse internacional por produtos com essa combinação de atributos. “Felizmente, as condições peculiares do país contribuíram para mostrar a versatilidade do profissional brasileiro e a sua vocação para fazer carros econômicos mantendo os padrões de conforto e segurança exigidos pelas legislações internacionais.”