Vale pode cortar participação em parceria com coreanos no Ceará
A Vale está negociando para reduzir sua participação em uma joint-venture com duas empresas sul-coreanas para a construção de uma usina siderúrgica integrada no Brasil, afirmou uma fonte com conhecimento direto do assunto nesta segunda-feira. A mídia local publicou que a participação da Vale pode cair de 50% para 30% na segunda fase da construção da usina, enquanto as siderúrgicas Posco e Dongkuk Steel podem aumentar suas parcelas para 35% cada.
A Posco, terceiro maior grupo produtor de aço do mundo, e a rival de menor porte Dongkuk Steel aceitaram ter uma participação inicial de 20% e 30%, respectivamente, no projeto. “A Posco e a Dongkuk estão negociando para aumentar suas participações na joint-venture com a Vale na segunda etapa da construção”, disse uma fonte da indústria. “Mas nada foi decidido ainda. A segunda fase vai começar depois que a primeira for completada, em 2014”, acrescentou a fonte.
A Vale assinou em novembro acordo preliminar para assumir uma participação de 50% na primeira fase de um projeto de construção de uma usina siderúrgica com capacidade anual para 3 milhões de t, que ficará pronta em 2014. O projeto deve exigir investimentos de US$ 4 bilhões na primeira etapa. A usina será instalada em Ceará e terá outra unidade com capacidade para 3 milhões de t anuais de aço na segunda fase de construção.
Um porta-voz da Posco disse que “estamos considerando ampliar nossa participação na joint-venture se procedermos com a segunda fase.” Ele acrescentou que o conselho da companhia deve aprovar o plano para participar da primeira fase da construção no próximo mês.
A Vale tem sido pressionada pelo governo para criar mais empregos no País por meio do investimento em projetos siderúrgicos, um negócio que a empresa afirma não ter interesse em ser sócia majoritária para não colocar a companhia em competição direta com seus clientes, usinas siderúrgicas.