Usiminas tem o maior lucro da siderurgia
O conglomerado siderúrgico Usiminas, que inclui a siderúrgica Cosipa e empresas de distribuição e processamento de aço, divulgou ontem o resultado de suas operações no primeiro semestre de 2005, no qual apresenta um lucro líquido de R$1,8 bilhão no período. Trata-se do maior resultado entre as empresas siderúrgicas brasileiras nos primeiros seis meses do ano e revela um crescimento de 104% sobre o mesmo período do ano anterior.
Outro destaque nas demonstrações enviadas à Comissão de Valores Mobiliários foi a redução da dívida líquida de R$ 6 bilhões para R$ 2,4 bilhões, nesses 12 meses, o que representa uma redução de 60% do débito. O presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, disse que “em decorrência do nosso desempenho, a empresa está capacitada para dar um novo salto em suas atividades, seja através de um grande aumento da produção ou da aquisição de outras companhias”.
O conglomerado apresentou um resultado operacional de caixa (Ebitda) consolidado de R$ 3,35 bilhões no semestre. A receita líquida, que no segundo trimestre alcançara R$ 3,4 bilhões, se consolidou no semestre com R$ 6,9 bilhões, com crescimento de 35%. O presidente da Usiminas queixou-se, porém, de um ambiente geral de redução de demanda e excesso de estoques. A expectativa é a de que haja uma queda de 5% nas vendas durante 2005.
A despeito da redução no ímpeto dos negócios, a empresa vendeu 4,4 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos no semestre, números que representam 27% da produção nacional. O mercado interno adquiriu 3,6 milhões de toneladas, enquanto foram exportadas 939 mil toneladas. A empresa manteve sua posição de líder no fornecimento de laminados planos no País, com 52% do mercado.
Segundo Rinaldo Soares, há uma esperança de retomada do crescimento de vendas no último trimestre do ano, com a redução dos estoques dos clientes e, em decorrência, dos mesmos voltarem às compras. Há, também, a expectativa da queda dos juros já a partir de setembro e com isso, a expectativa que a construção civil e o agronegócios retomem o ânimo em seus negócios. No momento a empresa realiza um grande programa de investimentos que consumiu R$ 253 milhões no primeiro semestre e que tem como destaque a construção de uma termoelétrica de 60MW, que dará à empresa energia para atender a 53% do seu consumo.