Sorocaba vence disputa pela nova fábrica da Toyota
Na semana passada, após quase dois anos de negociações com vários estados e municípios, a Toyota decidiu que sua nova fábrica será instalada no Estado de São Paulo, na cidade de Sorocaba, a 96 km da capital paulista. O anúncio foi feito em Brasília pelo presidente da Toyota no Mercosul, Shozo Hasebe, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
Hasebe não deu declarações à imprensa. A empresa divulgou apenas um comunicado com o título “Toyota decide comprar terreno para construir nova fábrica no Brasil”. O texto informava que no local será produzido um veículo compacto e que o terreno, com área de 3,7 milhões de m², está localizado na cidade de Sorocaba. “O início das operações da nova fábrica está programado para a partir de 2011. Na fase inicial, a capacidade de produção será de aproximadamente 150.000 unidades por ano, com a geração de cerca de 2.500 empregos”.
Está será a terceira unidade da montadora japonesa no País, todas em São Paulo. A de São Bernardo do Campo, inaugurada em 1962, produz autopeças; a de Indaiatuba, instalada em 1998, produz o Corolla, com capacidade para 80 mil veículos/ano. Em 2008, a Toyota comemora 50 anos de Brasil.
A montadora também não divulgou o total a ser investido na nova fábrica. O ministro Miguel Jorge, embora negasse que o montante de investimentos tivesse sido comunicado na reunião com o presidente, o calculou entre US$ 600 milhões e US$ 700 milhões. “Isso é um cálculo aproximado que eu faço como ex-executivo de indústria automobilística”, justificou.
No Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, fala-se num investimento que irá girar em torno de US$ 750 milhões. Segundo o governador José Serra, o presidente da Toyota informou que a companhia pretende também instalar na região uma nova fábrica de componentes – leia-se motores.
De acordo com o governo paulista, o recém-criado Programa ProVeículo pesou na decisão dos diretores da montadora, que analisava propostas do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina, Paraná e Pernambuco. “O programa incentiva o desenvolvimento e prevê o ressarcimento de crédito do ICMS. Isso não é guerra fiscal”, afirmou o governador.
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