Sandvik eleva produção nas fábricas
A competitividade no setor automotivo fez aumentar a demanda por serviços na Sandvik Coromant, divisão da Metalúrgica Sandvik, empresa de origem sueca que faz usinagem de peças para a indústria automobilística. “Para elevar a produtividade nas suas fábricas as empresas estão procurando melhorar o uso das ferramentas”, disse Cláudio José Camacho, diretor da divisão Coromant. “Com a aplicação correta do equipamento é possível, em alguns processos, reduzir em até 20% o custo final de um produto”, acrescentou.
No setor automotivo, que representa 40% dos negócios da companhia, a Sandvik é o tier 2 (participa de todo o processo de produção sem ser fornecedor direto das montadoras), entregando ferramentas para fazer usinagem das peças da Bosch, ZF , Eaton e Krupp, que abastecem a linha de montagem da General Motors, Fiat e Ford. “Somente na DaimlerChrysler atuamos como fornecedor direto de ferramentas, fazendo usinagem de peça para motores e eixos”, disse Camacho. Tercerização Com a perda da competitividade no mercado internacional, por causa da desvalorização do dólar, a maior preocupação das empresas do segmento automotivo, segundo Camacho, é em reduzir custos. “Desde 2004, com a trajetória de queda do dólar frente ao real, a demanda por serviços aumentou em 40%, porque muitas empresas tercerizaram esse departamento”, comentou o diretor, esclarecendo que o serviço que a Coromant presta às fabricantes de autopeças não é o item principal de negócio da empresa, mas ajuda a vender a ferramenta.
Para atender a demanda o mercado brasileiro e do exterior, a Sandvik Coromant, conclui no final deste ano a ampliação das instalações da sua fábrica do bairro de Santo Amaro (SP). “Estamos investindo em novos maquinários e modernizando os processos”, disse Camacho, sem detalhar o valor do investimento.
A divisão Coromant emprega atualmente 190 funcionários em três turnos de trabalho. Em 2004 a divisão Coromant aumentou em 25% sua produção em relação a 2003 e em 18% no ano passado. Para 2010, a meta da empresa, segundo José Fiorezi, diretor industrial, é produzir 20 milhões de pastilhas (peça que corta o aço). Cada ferramenta produzida pela Coromant usa de uma a 100 pastilhas de corte. Com três divisões de negócios – de ferramentas para usinagem, mineração e construção e aços especiais – o grupo Sandvik está desde 1949 no Brasil, onde emprega 1,2 mil funcionários.
A meta da companhia é ter um crescimento de 8% ao ano no seu faturamento, que em 2004 totalizou US$ 240 milhões. Para garantir qualidade e agilidade na produção, a empresa oferece cursos de inglês para seus funcionários. De 50 pessoas que estudam o idioma na unidade, 30% são do chão de fábrica. Para o mercado externo a Sandvik envia pastilhas de metal duro. “Temos três centros de distribuição – nos Estados Unidos, Holanda e Cingapura – que abastecem o mundo inteiro e o Brasil é um dos principais players neste centro”, disse o diretor da empresa. O grupo que fatura mundialmente € 5 bilhões está presente em 130 países e emprega 40 mil funcionários. A divisão Coromant produz ferramentas de corte de metal duro e sistemas de ferramentas para usinagem de metais.