Polícia investiga vazamento em FradeA polícia brasileira está investigando o derrame de petróleo no campo de Frade, que fica localizado na Bacia de Campos, e é operado pela empresa norteamericana Chevron. Navios estão trabalhando para dispersar a mancha de 120 quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro, que apareceu no dia 13 de novembro. A empresa Chevron diz que já fechou o poço de petróleo.

Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão disse que a empresa será “severamente punida” se forem encontradas falhas em suas responsabilidades ambientais.

A Chevron inicialmente estimou o vazamento de 400-650 barris de petróleo na água próximo ao poço. Mas o grupo ambientalista internacional Skytruth disse que imagens de satélite sugerem que o vazamento foi muito maior.

A Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) está investigando o acidente e já teve acesso a imagens subaquáticas mostrando os trabalhos da Chevron para fechar permanentemente o poço com cimento. A iniciativa parece ter sido bem sucedida, ainda que seja possível ver um fluxo residual de óleo do fundo do mar.

Especialistas em meio ambiente da polícia brasileira foram enviados em helicópteros da Marinha para avaliar a dimensão do vazamento. Membros do Partido Verde do Congresso Brasileiro pediram um debate sobre o assunto e alegaram que a Chevron subdimensionou o vazamento.

A Chevron disse na quinta-feira que o fluxo de petróleo do fundo do oceano havia sido reduzido para “gotas raras” e o brilho óleo restante na superfície foi estimado em menos de 65 milhões de barris.

“A Chevron continua a informar detalhadamente e trabalhar com agências do governo brasileiro e parceiros da indústria em todos os aspectos deste assunto”, disse a companhia em um comunicado.

Embora muitas reservas de petróleo e gás tenham sido descobertas recenemente no Brasil, até agora o debate público sobre os perigos da perfuração offshore para o meio ambiente não aparece nas pautas de discussões no país.