Petrobras e São Martinho vão construir maior usina de etanol do mundo
SÃO PAULO – A Nova Fronteira Bioenergia, joint venture da Petrobras Biocombustíveis (PBio) e do grupo paulista São Martinho, anunciou que foi aprovado pelo seu conselho o investimento de R$ 520 milhões para ampliar a moagem de cana da usina Boa Vista, de Quirinópolis (GO), dos atuais 2,35 milhões de toneladas para 8 milhões de toneladas. Com isso, a unidade se tornará a maior usina de etanol de cana do mundo, diz Miguel Rossetto, presidente da PBio.
A previsão é de que o projeto saia do papel ainda este ano e seja concluído para a safra 2014/15. Com isso, a produção de etanol da unidade sairá dos atuais 210 milhões de litros para 700 milhões de litros, distribuídos igualmente entre anidro e hidratado. A cogeração de energia, atualmente em 220 mil MegaWatt/hora (MW/h), vai quase triplicar para 600 mil MW/h.
A expectativa é de que do investimento total de R$ 520 milhões, em torno de R$ 400 milhões (76,9%) sejam de dívida, basicamente de linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O restante, em torno de R$ 120 milhões, virá de capital próprio da Nova Fronteira, diz Fábio Venturelli, diretor-presidente da joint venture e CEO do grupo São Martinho.
“Esse recurso já está em caixa”, diz o executivo referindo-se aos aportes já feitos e programados pela PBio na joint venture. A Nova Fronteira Bioenergia, que hoje também lançou oficialmente seu novo logotipo, foi formada em junho do ano passado com 51% do capital do grupo São Martinho, que entrou com os ativos da Boa Vista, avaliados em R$ 438 milhões. Os 49% restantes já foram comprados pela PBio que agora precisa aportar cerca de R$ 170 milhões para complementar os R$ 420,8 milhões totais para assumir de fato a participação já anunciada. A “nova” Boa Vista vai gerar 3 mil empregos diretos adicionais