O que são barreiras comerciais
O que são barreiras comerciaisDe tempos em tempos, os países procuram taxar, limitar, ou mesmo proibir o comércio internacional. Por que os governos fazem isso se o comércio voluntário é mutuamente benéfico? A resposta está no fato de que, apesar de o comércio voluntário ser importante para a economia das nações, os benefícios são distribuídos sobre a sociedade, mas os custos são por vezes diretamente absorvidos por um grupo específico.
Pessoas podem ter um forte interesse em preservar sua indústria, elevar a carga tributária, poupar o meio ambiente ou até mesmo criar uma mudança social. Às vezes, um país pode limitar o comércio a fim de punir outro país.
O que são barreiras comerciais no comércio internacional? Tarifas, cotas e embargos estão entre as ferramentas que um país utiliza para defender seus interesses econômicos.
Tarifas
A tarifa é um imposto sobre o comércio. Tarifas podem ser usadas para aumentar a receita para o governo ou a fim de beneficiar um determinado segmento da economia. Você pode pressionar o congresso a aprovar impostos sobre as importações se o seu setor está sujeito à concorrência estrangeira.
Por exemplo, durante anos, a indústria do aço nos Estados Unidos foi protegida da concorrência estrangeira por tarifas protecionistas. Em 2007, a Índia propôs uma tarifa sobre as exportações de arroz para evitar a escassez de alimentos. A lei Smoot-Hawley, de 1930, foi destinada a proteger a indústria americana e aumentar a receita tributária necessária para o governo após a crise de 29.
As tarifas têm algumas desvantagens. Tarifas protecionistas muitas vezes impedem a concorrência e estimulam o desperdício e a ineficiência. Tarifas de receita muitas vezes não conseguem aumentar a receita fiscal, porque as pessoas podem parar de comprar os produtos importados, que apresentam aumento nos preços. Impostos de exportação podem dar aos produtores um incentivo para diminuir o ritmo ou até parar produção.
A tarifa Smoot-Hawley teve o efeito de não só reduzir importações estrangeiras, mas também de reduzir as exportações. Na época, outros países estabeleceram taxas em retaliação, impedindo a receita fiscal de se concretizar. Antes de políticos considerarem a implantação de uma tarifa para o comércio internacional, é importante levar em conta o processo histórico e ver se podem haver conseqüências não intencionais.
barreiras comerciaisCotas
As cotas são limites ao comércio. Em vez de um imposto sobre as importações, você pode usar uma cota para limitar a quantidade de produtos importados que entra em seu país. Na década de 1970 e 1980, os fabricantes de automóveis nos EUA e dos sindicatos apoiaram limites do governo sobre carros importados para limar a concorrência e preservar empregos nos EUA. Os resultados foram preços mais altos e qualidade inferior.
Eventualmente, empresas japonesas e alemãs contornavam as cotas através do estabelecimento de suas fábricas nos Estados Unidos. No fim das contas, os produtores nacionais enfrentaram uma concorrência dentro da própria casa e os sindicatos sofreram também, já que as empresas estrangeiras colocaram suas fábricas nos estados onde os sindicatos tinham menos poder.
Cotas criam outros problemas também. Eles não geram receita fiscal para o governo, mas geram mais responsabilidade. Eles fornecem um incentivo para contrabandear bens ilegalmente, a fim de evitar a cota, criando assim um mercado negro paralelo. Além disso, as cotas podem ser manipuladas por empresas estrangeiras para limitar a concorrência de outras empresas de fora do país. Por exemplo, se há uma cota de carros importados da Alemanha, então a empresa alemã que preenche a primeira cota bloqueia outras empresas alemãs de competir no mercado daquele país.
Embargos
Um embargo é uma proibição do comércio com outro país. O objetivo do embargo é normalmente punir um país por algum delito. O embargo mais famoso da história da economia é o dos EUA contra Cuba. Na esteira da revolução comunista, e mais tarde a Crise dos Mísseis de Cuba, os EUA estabeleceram um embargo que proibiu todo o comércio com a ilha cubana. Mesmo que os eventos políticos estejam no passado, o embargo econômico persiste.