Negócios fechados na Mecânica superam expectativas de expositores
Negócios fechados na Mecânica superam expectativas de expositoresA 29ª Feira Internacional da Mecânica, organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado e considerada a maior exposição de máquinas e equipamentos da América Latina, comprovou em números e depoimentos de expositores a importância alcançada em seus 52 anos de existência.
Em seus cinco dias, a feira cumpriu sem ressalvas o papel de principal palco de negócios, troca de conhecimento e descoberta de inovações para o setor industrial. São 2.100 marcas expositoras, de 25 setores, vindas do Brasil e de outros 39 países, como Alemanha, Estados Unidos, Itália, Espanha e Argentina.
O clima de otimismo era evidente ao se percorrer os estandes dispostos pelos 85 mil metros quadrados do Pavilhão de Exposições do Anhembi. Muitos expositores se revelaram surpresos não apenas com a qualidade do público visitante, mas também com o número de vendas.
A GF Agie Charmilles, empresa do ramo de máquinas de eletroerosão, usinagem e automação, por exemplo, comemorava já no terceiro dia a soma de R$ 16 milhões em negócios, com a venda de 22 máquinas, segundo Silvio Mitsunaga, diretor de Marketing e Vendas. Bem em frente, a Prensa Jundiaí contabilizava, também na quinta-feira, sete máquinas vendidas, acumulando um faturamento de R$ 2 milhões. “Frequentamos a Mecânica há 25 anos e, à cada edição, ela supera expectativas, inclusive em relação ao público, que tem se mostrado bastante técnico”, diz o diretor comercial Sérgio Guilherme Tavares.
No lado oposto do pavilhão, em apenas três dias a Deb’Maq fechou a venda de 62 máquinas, num total de R$ 6 milhões, enquanto a Cosa Intermáquinas, fabricante de tornos, centros de furação e rosqueamento, comercializou seis máquinas, totalizando R$ 1,8 milhão. Segundo o gerente de usinagem, Alex Fernando Robi, a Mecânica é importante não só para divulgação, mas também para manter contatos e reencontrar clientes amigos. A empresa tem 68 anos, e participa da feira desde sua fundação.
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O estreitamento da relação entre empresa e cliente também é defendido por Jayme Bydlowski, diretor da HB Ar Comprimido. “A feira é uma chance de, em um curto período, entrar em contato com mais pessoas importantes, que podem influenciar no desenvolvimento dos produtos de expositores e compradores. A Mecânica quebra barreiras para alcançarmos grandes empresas, em um território neutro e propenso ao diálogo. Neste ano o público está excelente, melhor do que a edição passada”. A opinião é compartilhada por Edgard Dutra Jr., diretor da Metalplan, para quem a feira sempre representa algum estágio na decisão de compra, seja o início do contato, no momento do cliente comparar ou na conclusão do negócio. Como resultado, a empresa estima aumentar da produção entre 30% a 50% nos próximos seis meses depois da feira.
As medidas governamentais que reduziram as taxas de juros para financiamento de máquinas e equipamentos também ajudaram a construir o cenário positivo. Os três bancos presentes – Agência de Fomento Paulista, BNDES e Bradesco praticaram taxas de 5,5% em todas as linhas do Finame, sem diferenciação para micros, pequenas, médias e grandes empresas. Só a Agência de Fomento Paulista confirmou 18 operações de financiamento, num total de R$ 10,7 milhões, até o terceiro dia, com expectativa de dobrar esse número até hoje, quando se encerra a feira.
A Mecânica contempla cerca de 25 setores da indústria, entre eles as áreas de automação e controle de processos, equipamentos para tratamento ambiental e refrigeração, solda e tratamento de superfícies, máquinas-ferramenta, entre outros. “Diante de tais resultados, entendemos que o objetivo primordial da feira, que é fomentar o setor industrial brasileiro, criando um ambiente favorável para a geração de negócios, foi completamente atendido”, conclui a diretora do evento, Liliane Bortoluci.
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