Metalurgia enfrentará crise de mão-de-obra

“A carência de profissionais é uma realidade e pode se transformar em um pesadelo”, afirmmou José Armando de Figueiredo Campos, presidente da Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais (ABM) e da ArcelorMittal, ontem, durante a abertura do 63º Congresso da ABM, em Santos, litoral de São Paulo.

Com a presença de Pierre Gugliermina, CTO da ArcelorMittal, grupo que lidera a produção de aço no mundo, o evento contou também com a presença de Omar Silva Júnior, diretor Industrial da Usiminas.

De acordo com Campos para atender à meta de dobrar a produção de aço bruto, em 2016, seriam necessários a formação de 500 novos engenheiros a cada ano. Hoje, esse número não passa de 160.

“O setor está vivendo um momento particularmente especial, depois de tanto tempo de estagnação”, disse Campos, na abertura do evento.

“Estão previstos aportes de US$ 90 bilhões em aumento de capacidade, sendo que US$ 40 bilhões especificamente para ferro”, afirmou.

Considerado o maior fórum de debates do setor mínero-metalúrgico da América Latina, o evento acontece em um dos melhores momentos da indústria de mineração, siderurgia e de não-ferrosos (alumínio, níquel, cobre, zinco).

O evento prossegue até o dia 31 de julho, com programação centrada no tema “Crescimento Sustentável”, um dos grandes desafios que o setor terá de enfrentar para alcançar novos patamares no mundo.

A ArcelorMittal, controladora no Brasil, entre outras, das siderúrgicas instaladas em Tubarão (ex-CST), Timóteo (ex-Acesita), João Monlevade (ex-Belgo) e São Francisco do Sul (ex-Vega do Sul), tem capacidade de produção de 120 milhões de toneladas ao ano. Toda a produção de aço brasileira somou 33,8 milhões de toneladas em 2007.