Máquinas: Okuma fecha 2007 com incremento de 20%

As vendas de máquinas operatrizes da Okuma Sulamericana no Brasil cresceram 20% no ano passado. “Podemos afirmar que foi o ano de maior comercialização de máquinas-ferramenta em número de unidades e em valores desde 1997, quando a subsidiária se instalou no País”, destaca Alcino Bastos, gerente geral da Okuma no Brasil. Segundo Bastos, o aumento da demanda por bens e serviços motivou o setor industrial a investir na modernização e ampliação de seus parques fabris, o que fez de 2007 um ano excepcional para os fornecedores de máquinas operatrizes.

O gerente frisa que no ano passado praticamente todas as subsidiárias da Okuma no mundo registraram excelente desempenho. “Com exceção da subsidiária da América do Norte, cujo faturamento se manteve nos mesmos níveis do ano passado, todas as demais instaladas nos continentes europeu, asiático, africano e na Oceânia cresceram de forma expressiva em 2007”, destaca. “Para 2008, a matriz, no Japão, prevê faturar US$ 2 bilhões”.

De acordo com Bastos, a base de clientes da Okuma aumentou em 2007, em decorrência da participação da empresa em duas das mais expressivas feiras técnicas realizadas no Brasil (Feimafe e Mercopar) e também da valorização do real frente ao dólar o que possibilitou a empresas de menor porte investir em máquinas importadas. Destaque ainda para a disponibilidade de crédito para empresas pequenas e médias, “o que representou uma novidade em nosso mercado, uma vez que, até então, praticamente apenas havia o Finame e, ainda assim, somente para aquisição de equipamentos nacionais”.

De outro lado, a excessiva valorização do real prejudicou, sobretudo, as grandes indústrias que haviam firmado importantes contratos de exportação, o que indiretamente afetou a Okuma. “Muitos dos nossos clientes tradicionais foram penalizados pelo câmbio, o que os levou a postergar investimentos locais em máquinas e equipamentos. Isso só não nos causou sérias dificuldades porque, em contrapartida, houve um aquecimento da demanda interna por bens e serviços que acabou compensando essa situação”, ressalta Bastos.

PERSPECTIVAS PARA 2008 – O executivo avalia que em 2008 a demanda por bens de capital tenderá a se atenuar, uma vez que os grandes investimentos nesse sentido foram feitos em 2007 e não deverão se manter no mesmo ritmo. Em termos macroeconômicos, o cenário provavelmente se manterá o mesmo, com crescimento estimado de 4% do PIB, IGPM e IPCA na faixa de 5%, taxa Selic de 11% e superávit comercial da ordem de US$ 32 bilhões. A previsão mais arriscada refere-se ao câmbio, que segundo Bastos deverá se manter em torno de R$ 1,80. “Mas há tantos fatores que incidem na variação da moeda, que a chance de erro é elevada, tanto para mais, quanto para menos”, justifica o executivo.

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