Índia procura minas de urânio no exteriorA Índia, com o objetivo de aumentar a capacidade de geração de energia em 13 vezes mais nas próximas duas décadas, está em negociações com o Cazaquistão, Nigéria e Namíbia para a aquisição de minas de urânio, segundo disse o chefe do programa nuclear do país.

As negociações também estão sendo realizadas com o Canadá para a importação do combustível do reator atômico, e um acordo pode ser assinado “em breve”, disse Srikumar Banerjee, presidente da Comissão de Energia Atômica. A Índia, que compra urânio da França, Rússia e Cazaquistão, pretende avançar com seu programa de energia nuclear, disse ele.

“Queremos ter uma situação de abastecimento confortável, pelo menos para os próximos 4 a 5 anos”, confirmou Banerjee ontem em entrevista “É necessário diversificar nossa fonte de urânio”. As centrais nucleares indianas representam cerca de 3% da sua capacidade de produção de energia elétrica.

Minas de urânio O país indiano planeja aumentar sua capacidade de geração nuclear para 60GW, em 2030, de acordo com a Comissão de Planejamento Nuclear da Companhia de Energia da Índia, produtor que mantém o monopólio de energia atômica do país. A companhia está considerando a compra de minas no exterior.

As empresas indianas anunciaram um montante de US $ 7 bilhões em aquisições de energia no exterior desde janeiro de 2010, segundo dados compilados pela Bloomberg. O suprimento maior de urânio ajudou a Companhia de Energia da Índia a elevar sua capacidade de geração em 41%, batendo um recorde de 26.470 milhões de unidades no ano fiscal encerrado em 31 de março, de acordo com o Diretor de Finanças, Jagdeep Ghai. A empresa espera elevar a capacidade para 32 mil milhões de unidades este ano.

A produção anual de urânio da Índia deverá duplicar para cerca de 800 toneladas em 2014, em minas no estado oriental de Jharkhand e ao sul do estado de Andhra Pradesh, disse Banerjee. O país está desenvolvendo uma nova mina no Tummalapalle em Andhra Pradesh, com reservas de 49.000 toneladas.