Grupo Gerdau modifica o comando da Açominas
O Grupo Gerdau anunciou na sexta-feira o novo vice-presidente executivo da Gerdau Açominas (MG), o engenheiro Manoel Vitor de Mendonça Filho, em sucessão a Luiz André Rico Vicente, que por 13 anos esteve à frente da operação e até o final de maio passado também era presidente executivo do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). Cerca de 30 dias após passar o cargo na instituição para o presidente da Usiminas, Rinaldo Campos Soares, Rico Vicente também deixou as atividades executivas da Açominas e passou a ocupar cadeira no Conselho de Administração da unidade.
Com 24 anos de experiência no Grupo Gerdau, Vitor passou pela unidades Gerdau Açonorte (PE), Gerdau Cearense (CE), Gerdau Barão de Cocais (MG) e na Gerdau Sul (RS e PR). Na Açominas, por cinco anos respondeu pela diretoria industrial da operação e coordenou o projeto de expansão da unidade, considerada na siderúrgica “o maior investimento de sua história no Brasil, no valor de US$ 1,5 bilhão”. A capacidade instalada da companhia aumentará em 50%, passando dos 3 milhões de toneladas atuais para 4,5 milhões de toneladas até final deste ano.
Na semana passada, circularam boatos no mercado informando que Rico Vicente “foi saído” da direção da Gerdau Açominas, e que o movimento havia sido acertado entre o executivo e o presidente do Conselho de Administração do grupo, Jorge Gerdau Johannpeter, na ocasião da mudança de comando do IBS, durante o Congresso Brasileiro de Siderurgia, no dia 28 de maio. O motivo não havia sido revelado.
Em comunicado, o diretor-presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, que assumiu o posto no início do ano, declarou apenas que “o processo de sucessão foi bem planejado”
, e que permitia “a continuidade da trajetória de crescimento da unidade e a ampliação da sua competitividade no mercado global, sem perder as experiências acumuladas”.
A Gerdau Açominas, iniciou operação em 1986. Sua usina Presidente Arthur Bernardes, localizada nos municípios de Ouro Branco e Congonhas (MG), tem produção destinada principalmente ao mercado internacional. A unidade também possui um terminal portuário em Vitória (ES) e uma central termelétrica que produz cerca de 75% do que a usina consome de energia.