Fusões e aquisições no mercado de logística

Desde que o país alcançou a estabilidade financeira, a logística das empresas multiplicou sua importância. Isso porque, com o mercado a cada dia mais competitivo, há a necessidade de atuar com mais eficiência. E é no processo de movimentação, armazenagem e planejamento fiscal, ou seja, na logística, onde residem as maiores oportunidades de corte de custos e racionalização dos recursos.

Diante disso, o investimento no setor será grande. De acordo com o BNDES, até 2014 o setor industrial vai investir cerca de R$ 850 bilhões no país. Deste montante, o banco estima que R$ 330 bilhões serão destinados para a logística, contribuindo para expandir o mercado de empresas especializadas em logística, que cresce em um ritmo 3 vezes superior ao PIB. Em 2010, provavelmente, a expansão deve se aproximar de 20%. É comum casos de empresas que dobraram de tamanho, seguidamente, nos últimos três anos.

“Atualmente, o setor de logística no Brasil gira em torno de R$ 300 bilhões com projeções para dobrar de tamanho em cinco anos. Temos potencial para isso, pois, segundo estimativas do setor, apenas 5% das empresas brasileiras investem adequadamente na área contra um porcentual de 25% nos EUA e 30% na Europa e no Japão”, analisa Antonio Wrobleski, sócio da AWRO Logística e Participações.

Para o especialista investir nesse setor será um bom negócio nos próximos anos e continuará rendendo lucros enquanto a economia continuar aquecida. No entanto, como a atividade logística é complexa, exigindo especialização e grande poder de investimento (capacidade para aguardar retornos que podem levar demorar mais de 10 anos), é importante o tamanho da empresa. “Com essa demanda, o negócio será a cada dia mais para os grandes. Nesse cenário as fusões e aquisições serão a melhor alternativa para as empresas que desejem permanecer como protagonistas no mercado”, pondera.

Esse movimento começou a atrair fundos de investimento, segundo um estudo interno da AWRO Logística e Participações a disposição desses grupos é colocar cerca de R$ 10 bi no negócio nos próximos três anos. Os reflexos aparecem no número de transações realizadas no setor. No primeiro semestre de 2010, segundo dados da PricewaterhouseCoopers, foram divulgadas para o setor de logística 8 transações com valor médio de US$ 74 milhões, totalizando cerca de US$ 600 milhões.

No total, ainda de acordo com estudos da PwC, incluindo as transações divulgadas em todos os setores da economia, foram registrados 434 negócios, sendo o private equity responsável por 41% das transações. No Brasil, os investidores financeiros administram US$ 1 bilhão em participação em 200 fundos de capital de empresas brasileiras. Sempre atentos as possibilidades e expansão dos mais diversos setores da economia, o interesse desse grupo pelo mercado logístico comprova que este é um setor rentável e promissor.

“A previsão é que o setor logístico passe por uma consolidação semelhante a que aconteceu no mercado brasileiro de construção civil”, resume Antonio Wrobleski.

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