Exposição aos campos eletromagnéticos no local de trabalho
Exposição aos campos eletromagnéticos no local de trabalhoOs campos eletromagnéticos e seus efeitos sobre a saúde dos trabalhadores industriais é uma preocupação a mais para o setor de segurança do trabalho. Contudo, é bom lembrar que os campos eletromagnéticos não ocorrem apenas no ambiente de trabalho industrial, ou nas plantas industriais, mas estão presentes no cotidiano das pessoas em qualquer ocasião no qual haja um fluxo de eletricidade e isso resulte em radiação não-ionizante. Ao utilizar um computador em casa ou simplesmente assistir à televisão é possível dar origem a um campo eletromagnético de maior tensão.
No ano de 1996, a OMS – Organização Mundial de Saúde – elaborou e implementou o Projeto Internacional de Campos Eletromagnéticos. Este projeto tem como objetivo investigar os riscos potenciais para a saúde de pessoas que ficam expostas aos raios eletromagnéticos. Mesmo fora do ambiente industrial, nos hospitais, por exemplo, os radiologistas são profissionais que estão em contato com esses campos o tempo todo. Mesmo ainda não havendo um estudo definitivo que aponte quais os limites para a exposição, a IRPA – International Radiation Protection Association (Associação Internacional de Proteção Radiológica) determinou uma regra geral, estabelecendo a exposição ocupacional (pelo trabalho) e das pessoas, de modo geral, tão baixa quanto razoavelmente se possa praticar e suportar sem causar danos à saúde.
Campos eletromagnéticosOs principais perigos envolvem a exposição prolongada à oscilação dos campos elétricos e magnéticos que podem afetar os tecidos do corpo. Os campos elétricos provocam vibrações nas células do corpo, que se aquecem em altas freqüências. Devido aos campos magnéticos oscilantes, correntes elétricas são geradas no tecido do corpo, que acaba funcionando como um condutor.
A exposição prolongada aos campos eletromagnéticos pode prejudicar o sistema imunológico do corpo, já que diminui a capacidade de reprodução de glóbulos brancos pelas células para matar os tumores e combater doenças. Há evidências também de que isso possa surtir efeitos adversos sobre o sistema nervoso central, glândulas e no cérebro que não estejam ligados somente a certos tipos de câncer, como a leucemia; além disso, a superexposição é capaz de produzir outros problemas, tanto físicos como psicológicos.
A partir da realização de uma avaliação rigorosa dos riscos de acidentes aos quais os trabalhadores industriais estão submetidos, é dever do empregador disponibilizar meios de proteção aos seus trabalhadores contra os efeitos nocivos dos campos eletromagnéticos, especialmente oferecendo treinamentos que demonstrem formas de prevenção de contato com esses campos, bem como que forneçam aos trabalhadores noções de primeiros-socorros. A prevenção do contato pode ser conseguida com o uso de equipamentos blindados e sistemas de monitoramento, limitando a distância entre o equipamento e o trabalhador.
Quanto aos funcionários, caso eles mostrem sinais de fadiga, dores de cabeça regulares, incapacidade de se concentrar por longos períodos, problemas para dormir ou qualquer incidência ímpar de perda de memória, eles devem informar imediatamente o seu estado de saúde aos seus superiores, caso suspeitem de que seus sintomas podem estar relacionados à exposição excessiva aos campos eletromagnéticos.