Crise no Japão atrasa encomendas da Toshiba
O conglomerado japonês Toshiba informou na última terça-feira, 24, que seus planos de receber US $ 12 bilhões em encomendas para a construção de reatores nucleares podem ter de ser adiados por vários anos após os desastres naturais no Japão, em março deste ano, que afetam toda a cadeia de fornecimento de peças e materiais.
A companhia salientou que algumas encomendas específicas de 39 reatores, no valor de 1 bilhão ienes, seriam entregues em 2016, mas este prazo terá de ser reavaliado, em detrimento do terremoto e do tsunami no Japão em 11 de março deste ano, em que uma usina atômica causou o pior acidente nuclear do país asiático em 25 anos.
A crise no complexo Fukushima Daiichi – onde os sistemas de refrigeração falharam, provocando colapsos em três reatores – levou vários países a reconsiderarem a sua aposta na energia nuclear.
A Toshiba enviou seus engenheiros para a fábrica com o objetivo de estabilizar a usina, que fica a aproximadamente 220 km a nordeste de Tóquio, e tem sido responsável por derramar radiação no ar, no mar e na terra.
A empresa também disse na terça-feira que planeja expandir seus produtos nos setores de energia renovável, de energia eólica, solar e geotérmica. Na semana passada, a companhia do setor de tecnologia anunciou a aquisição da empresa suíça Landis + Gyr, uma especialista em tecnologia de medição “inteligente”.
O conglomerado japonês de tecnologia agora planeja investir 1,450 trilhões de ienes em despesas de capital de investimento e de financiamento ao longo dos três anos, mais precisamente até março de 2014. A empresa também irá investir mais de 1,1 trilhões de ienes em pesquisa e desenvolvimento.