Crise de empregos assusta Europa
crise de empregos assusta EuropaA economia global está à beira de uma nova e provavelmente grande crise de empregos e que podem estimular a agitação social nos países mais afetados pela recessão, alerta a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A OIT também observou que em 45 dos 118 países examinados, os riscos de agitação social estavam subindo.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) disse que o plano de resgate anunciado pelos líderes da União Europeia em 26 de outubro tinha sido um primeiro passo importante, mas as medidas devem ser implementadas “imediatamente e com força”.
A mensagem da OCDE para os líderes mundiais previu uma desaceleração acentuada do crescimento na zona do euro e o órgão advertiu que alguns países do bloco de 17 nações europeias provavelmente enfrentarão crescimento negativo.
Momento da verdade
Em seu Relatório de Trabalho para 2011, a OIT disse que a crise da economia começa a “afetar drasticamente” o mercado de trabalho.
A entidade disse que aproximadamente 80 milhões de novos empregos seriam necessários nos próximos dois anos para voltar aos níveis pré-crise de vagas de trabalho.
Mas o documento da OIT também apontou que a recente queda do crescimento significa que apenas metade dos empregos necessários poderiam ser criados. “Chegamos ao momento da verdade. Temos uma pequena janela de oportunidade para evitar uma queda maior no emprego”, disse Raymond Torres, da OIT.
O grupo também mediu os níveis de descontentamento com a falta de empregos e raiva da população em relação à percepção de que os problemas da crise não estão sendo partilhados de forma equalitária.
O relatório aponta que dezenas de países enfrentam a possibilidade de distúrbios sociais, em particular os da Europa e os países árabes.
Perda de confiança
Enquanto isso, em suas últimas projeções para as economias do G20, a previsão de crescimento da OCDE na zona do euro é de 1,6% este ano, desacelerando para 0,3% no próximo ano. Em maio, a previsão de crescimento era de 2% ao ano em 2011 e 2012.
As previsões de crescimento dos EUA caíram para 1,7% em 2011 e 1,8% em 2012, sendo que a estimativa anterior era de 2,6% e 3,1%, respectivamente.
“Grande parte da fraqueza atual é devido a uma perda generalizada de confiança na capacidade de resposta dos políticos”, disse a OCDE. “Portanto, é fundamental agir de forma decisiva para restaurar a confiança e implantar políticas adequadas para restaurar, a longo prazo, a sustentabilidade fiscal.”