Britanite lança nova tecnologia no Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto (CBMina)

Dentre os vários aspectos relacionados aos desmontes de rochas, os principais estão diretamente ligados à sustentabilidade e viabilidade do empreendimento mineiro. Atentos a esses fatores, a Britanite, holding de operações químicas do Grupo CR Almeida, realizou, na Grande São Paulo, um estudo na Pedreira Basalto 12, do Grupo Estrutural, que mostra que o uso de espoletas eletrônicas otimiza os resultados da detonação, permitindo a elaboração de planos de fogo para cada tipo de rocha ou situação. O resultado será apresentado no 6º Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto (CBMina 2010), no dia 4 de agosto, em Belo Horizonte.

Considerado como principal elo da cadeia produtiva da indústria mineira, o processo de perfuração e desmonte de rochas é uma etapa essencial para a produção de agregados. A qualidade de todo esse processo é o que garante a redução de custos posteriores. Para isso, a equipe técnica da Britanite estudou a implantação do sistema eletrônico de iniciação, a espoleta eletrônica HotShot Plus, no processo de detonação. Essa nova tecnologia aumenta o controle ambiental dos resultados.

“O objetivo do estudo é a redução nos custos por tonelada de perfuração e desmonte de rocha, por tonelada, melhorando os resultados dos desmontes e diminuindo os impactos gerados pelas detonações como vibração, ultralançamento e impacto de ar”, explica o Engenheiro de Minas e gerente de Assessoria Técnica a Clientes da Britanite, Ricardo Silva. Para alcançar esse objetivo, foi desenvolvido um programa dividido em etapas recursivas sucessivas. “As fases definidas foram alinhadas dentro do princípio de melhoramento contínuo, também conhecido como ciclo PDCA, iniciais dos verbos Plan (Planejar), Do (Executar), Check (Verificar) e Action (Agir)”, completa.

Segundo o estudo, com a utilização da tecnologia da espoleta eletrônica, são possíveis as seguintes melhorias: aumento do número de linhas a serem detonadas, alterações na temporização entre furos e entre linhas com maior precisão dos tempos de retardo e aumento da malha de perfuração. Com o aumento do número de linhas detonadas, por exemplo, o número de detonações será reduzido, diminuindo o custo com o deslocamento com equipamentos e amenizando a percepção da circunvizinhança com relação ao número de detonações. Já aumentando-se a malha de perfuração, os custos da etapa são reduzidos. Com o HotShot Plus, além do ganho de ordem técnica, o custo por tonelada foi reduzido em 13% em relação ao sistema não elétrico de iniciação – tubos de choque – utilizado anteriormente.

Para exemplificar o trabalho executado, o grupo realizou desmontes adotando as alterações possibilitadas pelo uso dos detonadores eletrônicos. Como resultado desse processo, ficou evidente a boa fragmentação do material, o desenho da nova face da bancada com a visualização quase total da “meia cana” dos furos da última linha e a excelente projeção do material desmontado. “Essa projeção facilita o carregamento, formando uma pilha, com altura boa e homogênea, de material bem desagregado, sendo necessário apenas o uso da carregadeira para liberar o acesso e formar a base da pilha, comumente chamada de saia”, detalha o técnico em Mineração da Britanite, Danilo Vieira.

Metodologia – Para que os objetivos fossem assegurados, o grupo desenvolveu diversos monitoramentos e medições na pedreira: realização de perfilagem e boretrack; filmagens; análise do talude final, overbreak/underbreak, projeção de rochas e pilha resultante; captações sismográficas; análise granulométrica por método de fotoanálise; e análise visual dos resultados.

Fonte: Fábrica de Comunicação
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