BP acusa Halliburton de destruir provas de vazamento
BP acusa Halliburton de destruir provas de vazamentoA gigante do petróleo British Petroleum (BP) acusou a Halliburton, empresa de serviços para campos petrolíferos, de destruir indícios de danos relativos à explosão do poço de petróleo no Golfo do México, no ano passado, em que 11 pessoas morreram.
Em uma audiência em um tribunal de Nova Orleans, EUA, a BP afirmou que a Halliburton tinha “intencionalmente destruído resultados dos testes de seu produto de cimento usado no poço de Macondo”. A Halliburton negou a acusação, dizendo que as alegações eram “sem mérito”.
O cimento usado no poço foi um fator-chave na causa do maior vazamento offshore de petróleo da história da América. A explosão que se seguiu na plataforma de petróleo Deepwater Horizon, em abril de 2010, levou à liberação de 780 milhões de litros de petróleo bruto no Golfo do México.
BP e Halliburton estão travando uma batalha legal para um estudo sobre os danos, antes do julgamento no início do próximo ano.
Por meio de seus advogados, os ex-parceiros no empreendimento estão buscando vantagem máxima antes do julgamento, apurou a rede de comunicação inglesa BBC, em Washington.
BP acusa Halliburton de destruir provas de vazamentoAcusações
BP fez suas acusações contra a Halliburton em uma ação judicial na segunda-feira. A empresa disse que, depois de analisar os resultados, a Halliburton “destruiu os registros dos testes, bem como as amostras de cimento físico utilizado no teste”. A petroleira britânica também disse que a Halliburton não conseguiu produzir provas de modelagem computacional, que mostrou como o cimento funcionava.
Na proposta, a BP pediu que a Halliburton seja responsabilizada, afirmando que a pasta de cimento da empresa era “instável”. Por sua vez, a Halliburton rejeitou a acusação, dizendo que iria contestá-la no tribunal. A BP também acusou a Halliburton de fraude e difamação na investigação. O contratante alegou que a BP tinha ordenado alterações de última hora para o cimento.
O julgamento do próximo ano deve chegar a uma conclusão que quantifique os danos decorrentes do derramamento. Haverá também outras fases do processo para os custos de limpeza e outras reivindicações.
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