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França e Reino Unido assinam acordo de energia nuclearO Reino Unido assinou um acordo com a França para reforçar a cooperação no desenvolvimento de energia nuclear civil. O governo britânico aposta na energia nuclear “como parte de um mix diversificado de energia”. O acordo foi assinado em uma reunião entre o primeiro-ministro britânico David Cameron e o presidente francês Nicolas Sarkozy, em Paris.
A parceria, com valor aproximado de 500 milhões de libras (quase US$ 800 milhões), cria uma série de acordos comerciais no campo da energia nuclear e deve abrir 1.500 empregos apenas no Reino Unido.
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“Esta declaração conjunta será sinal de nosso compromisso comum para o futuro da energia nuclear civil, estabelecendo uma visão de longo prazo comum de energia segura, sustentável e acessível, que apoia o crescimento e ajuda a conduzir a reduções de nossas metas de emissão”, disse Cameron.
Cúpulas como essa obrigam uma relação mais amigável entre os dois países, especialmente nas áreas nucleares civis e militares, para o longo prazo.
Para Sarkozy, isso poderia ser um de seus encontros últimos como presidente com David Cameron. Nas pesquisas ele está muito atrás do adversário socialista, François Hollande, que visita Londres no final deste mês.
Os dois governos vão trabalhar em conjunto com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) “para reforçar a capacidade internacional de reação a emergências nucleares e estabelecer um quadro comum para a cooperação e o intercâmbio de boas práticas em matéria de segurança nuclear civil”.
França e Reino Unido assinam acordo de energia nuclear
Reino Unido deve ganhar oito novas usinas nucleares até o ano de 2025
A medida vem 11 meses depois de um tsunami no Japão destruir a usina nuclear vizinha a Fukushima Daiichi, resultando em vazamento de material radioativo no ar e no mar.
Organismos do setores público e privado na indústria de energia nuclear civil dos dois países também querem trabalhar mais estreitamente em várias áreas de interesse comum, como educação e formação, investigação e desenvolvimento e de segurança.
“Como duas grandes nações nucleares civis, vamos combinar a nossa experiência para reforçar a parceria industrial, melhorar a segurança nuclear e criar empregos em casa”, disse Cameron.
Em junho passado, os ministros anunciaram a próxima geração de usinas nucleares do Reino Unido. Existem planos para construir uma nova usina nuclear em Sellafield, em Cumbria. O governo confirmou uma lista de oito locais que considera adequados para novas usinas até 2025, todos os quais são adjacentes às atuais instalações nucleares.
Os locais são Bradwell, Essex; Hartlepool; Heysham, Lancashire, Hinkley Point, Somerset; Oldbury, Gloucestershire, Sellafield, Cumbria; Sizewell, Suffolk, e Wylfa, Anglesey.
A Rolls-Royce deve ganhar US$ 632 milhões em participação na construção da primeira das usinas planejadas. A Areva da França vai fornecer o núcleo dos reatores nucleares e a Rolls-Royce será responsável pelas outras obras de engenharia. A Rolls-Royce planeja construir uma fábrica em Rotherham para atender os pedidos resultantes do negócio.
No início deste mês, nos EUA, a Nuclear Regulatory Commission aprovou os primeiros reatores nucleares a serem construídas no país desde 1978.