Até 2017, Bacia de Santos deve produzir 1,2 milhão de barris/dia
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Até 2017, sete sistemas vão produzir petroleo e gás na Bacia de Santos, com potencial de 1,2 milhão de barris por dia. O dado foi um dos destaques da apresentação de José Luiz Marcusso, gerente-geral da Unidade de Operações da Bacia de Santos da Petrobras, a primeira dos quatro dias do Santos Offshore 2011. “Crescer em produção e reservas, essa é a filosofia da Petrobras para dar sustentação ao mercado”, afirmou Marcusso.
A reserva de petróleo denominada Bacia de Santos fica entre Cabo Frio (RJ) e Florianópolis (SC) e tem seu pólo central mais importante no litoral de SP. Formada a partir de uma depressão no fundo do mar há mais de 120 milhões de anos, apresenta potencial de produção de petróleo e gás na casa de 15 bilhões de barris.
O número é expressivo, já que as reservas atuais são de 15,4 bilhões de barris – a produção de petróleo e gás na Bacia de Santos dobraria as reservas brasileiras de petróleo. Até julho de 2011, 30 poços já haviam sido perfurados por 9 sondas em operação na Bacia de Santos, dos quais 26 na área exploratória.
Um dos maiores desafios é a necessidade de expansão da cadeia de bens e serviços para o petróleo e gás.
O programa de investimentos da Petrobras totaliza 225 bilhões de dólares, sendo 57% (ou 127 bilhões de dólares) nas áreas de exploração e produção. Nos proximos 5 anos, segundo Marcusso, o investimento em exploração será de 4 bilhões de dólares por ano.
Para isso, Marcusso aponta que a estratégia da Petrobras inclui, além de volumes crescentes de investimentos e cessão onerosa como operadora única do petróleo e gás na Bacia de Santos, o impacto na industria, gerado pela demanda por produtos e serviços de petroleo e gás e a necessidade do desenvolvimento de tecnologia e inovação. O gerente-geral da unidade destacou, ainda, a importância da capacitação de pessoas e o aprimoramento da gestão empresarial para a evolução da cadeia produtiva, além dos incentivos fiscais e financeiros.
“As descobertas das reservas de petróleo e gás causam e vão continuar causando impactos na industria nacional. Não é responsabilidade apenas da Petrobras”, disse Marcusso, se referindo ao suporte necessário por parte da indústria para possibilitar o crescimento e a sustentabilidade da produção. “Existe um grande compromisso da Petrobras com a indústria nacional. Conforme cresce a exploração e produção, aumenta também a demanda por embarcações, máquinas e equipamentos”.