Asiáticos querem fabricar máquinas no Brasil
A Abimei – Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais, nos últimos meses, tem sido procurada por fabricantes de máquinas asiáticos interessados no mercado brasileiro. Thomaz Lee, presidente da entidade, informa ter tido contato com pelo menos cinco empresas – duas da China, uma da Coréia, uma de Taiwan e uma do Japão – que manifestaram interesse em instalar fábricas no Brasil.
Na avaliação do presidente, este movimento está ligado às previsões de recessão da economia norte-americana e de estagnação na Europa e Japão. “Com isso, as empresas estão voltando seus olhos para os mercados que estão em crescimento, que é o caso dos Brics, entre os quais o Brasil é um dos mais promissores”, diz. “São empresas que contataram a Abimei para colher informações sobre o mercado de máquinas no Brasil e estão estudando maneiras de aproveitar melhor o crescimento do mercado brasileiro”.
Thomas Lee frisa que até aqui esses contatos são apenas sondagens. “Não há notícias concretas”, diz, acrescentando que o presidente mundial de uma dessas empresas, a japonesa, comentou que a decisão sobre o investimento está na dependência de um aumento das vendas da marca no mercado brasileiro. “O mercado brasileiro de máquinas está em crescimento, mas no momento ainda é pequeno para os grandes fabricantes mundiais”, analisa.
TECHMEI – Para Thomaz Lee, o interesse internacional pelo mercado brasileiro deve ter reflexos na realização da Techmei 2008 – Feira de Tecnologia em Máquinas e Equipamentos Industriais, criada pela Abimei e organizada pela AM3 Feiras e Promoções, que será realizada de 14 a 18 de outubro, em São Paulo.
Segundo Luís Augusto de Alcantara Machado, diretor da AM3, 60% dos espaços da feira Techmei (que terá 22 mil m² de área de exposição) já foram comercializados. Entre as empresas estrangeiras que já confirmaram presença estão algumas que não têm representação no Brasil, como a alemã Presstrade e as chinesas CMEC, Kankook, Canmore, Holland e Headman.
Para o diretor, o número de empresas sem presença no País deve aumentar quando forem confirmados os estandes de representações oficiais de países como Taiwan, Suíça e República Checa.
Nenhum comentário