Acesita reduz custos e espera crescer

A Acesita, única produtora de aços planos inoxidáveis da América Latina, espera que 2006 seja tão bom para a empresa como foram os dois anos anteriores. Os resultados de 2004 apresentaram o lucro de R$ 680,2 milhões jamais alcançando em sua história de 61 anos. Os do ano passado somente serão divulgados em fevereiro mas, pelo andar da carruagem, serão ainda maiores. No período de janeiro a setembro o lucro já estava em R$ 546 milhões.

Segundo o diretor financeiro da empresa, Gilberto Audelino Correa, o item negativo que poderá interferir nessa expectativa é o preço no mercado internacional, que ainda não passa de US$ 2 mil por tonelada, mas que deverá reagir no segundo semestre. “Mas tomamos várias iniciativas que irão reduzir ainda mais nossos custos e tornarão nossos preços também mais atraentes.”

O executivo se refere ao contrato de fornecimento de gás natural que substituirá, já em 2007, o gás liquefeito do petróleo utilizado em suas laminações. A redução de custos será de 30%, aproximadamente. O acordo, no valor de R$ 200 milhões, foi assinado com a Gasmig, subsidiária da Companhia Enérgica de Minas Gerais (Cemig) e o gasoduto já está em obras.

Outra medida que irá reduzir os custos de produção será a substituição do alto-forno a carvão mineral, insumo importado e com preço em dólar, por um a carvão vegetal, produzido em florestas da companhia. A Acesita hoje dispõe de dois altos-fornos, mas suas atuais florestas de eucalipto são suficientes, apenas, para atender a um deles. Novas florestas estão sendo plantadas e estarão em condições de colheita em 2009.

Por último, a Arcelor concluiu a compra das ações dos principais fundos de pensão no grupo de controle da companhia, tornando-se a sua única controladora. Atualmente, parte das exportações realizadas pela empresa é adquirida pela Arcelor, que utiliza o aço inoxidável especialmente em suas fábricas de tubos e a expectativa é que esse comércio se intensifique. O diretor financeiro informou também que seu setor está na captura de sinergias da sua incorporação ao grupo. Outra redução de custos será o fim das disputa com usinas do grupo para a compra de sucata.

A empresa exporta uma média de 230 mil toneladas anuais de aço inoxidável. As vendas externas correspondem a cerca de um terço da sua produção de 800 mil toneladas, que é praticamente a sua capacidade instalada.

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