BP muda sua estratégia de perfuração após vazamento de óleo

O CEO da BP, Robert Dudley, descreve como necessárias as medidas de segurança que a empresa deve atender antes de realizar os trabalhos de perfuração em águas profundas em reservatórios. As discussões sobre as ações futuras da companhia de petróleo e gás aconteceram e devem permear todas as medidas tomadas a partir de agora, a fim de prevenir outros possíveis problemas de segurança.

Dudley também disse que a companhia lamenta muito pelo acidente acontecido em 20 de abril, que resultou em 11 mortes e expeliu milhões de galões de petróleo no Golfo do México. Dudley falou sobre o incidente pela primeira durante uma grande conferência em Houston, evento que reuniu centenas de pessoas.

A BP já confirmou que não irá perfurar nem um poço em águas profundas a menos que a empresa saiba como conter de forma eficiente qualquer possível vazamento. Como exemplo da mudança de postura da empresa em relação à segurança das operações, o CEO da companhia petrolífera BP citou o fechamento de um campo no Azerbaijão, porque os sistemas hidráulicos contra incêndio na instalação não poderiam responder de acordo com a capacidade desejada pela empresa.

No entanto, a empresa já resolveu problema da plataforma offshore. A BP interrompeu a produção em uma outra plataforma no Golfo do México, porque foi descoberto que os prendedores não atendiam às normas internas, de modo que foi necessário substituí-los em todo o processo de exploração, salientou Dudley, que sucedeu Tony Hayward como CEO da BP, em outubro.

“Isso é exatamente o que queremos ver acontecer na BP”, disse Dudley a repórteres após seu discurso. “Quando vemos um problema, nós queremos ser capazes de interromper as operações. Enviamos essa mensagem através da nossa organização para que, quando as pessoas percebem algo estranho, elas possam nos alertar”.

Ele também afirmou que as paralisações na produção possuem altos custos para a empresa, mas a “segurança é um bom negócio e está em primeiro lugar”. “Não há custo extra, mas em geral isso não vai mudar a economia fundamental”, disse ele.

A empresa terá a mesma abordagem ao explorar novas oportunidades em regiões ambientalmente sensíveis, como o Ártico, disse Dudley. A exploração do Ártico deve levar o mesmo tempo que a indústria no desenvolvimento da próxima geração de equipamentos que reduzem os riscos ambientes, ressaltou Dudley.

Mas isso não significa que os equipamentos de perfuração atuais não é seguro, explicou o CEO. Em vez disso, a indústria está colocando mais ênfase na eliminação de baixa probabilidade e conseqüência de alto risco que podem não ter sido considerados no passado.

Com o intuito de retomar a exploração no Golfo, o CEO disse que a empresa tem recebido algumas cartas dizendo a empresa pode retomar o trabalho em seus poços de produção. “Eu acho que é apenas uma questão de tempo”, disse Dudley. “O sistema está se movendo. É ‘so mais uma questão de tempo para que os agentes reguladores e a indústria consigam voltar ao trabalho”, finalizou.

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