Smart Solar desenvolve painéis solares que “seguem o Sol”
A indústria japonesa Smart Solar International anunciou o desenvolvimento de um novo tipo de painel solar mais potente e que pode gerar o dobro da eletricidade se comparado aos painéis solares mais antigos, graças aos mais modernos modelos de espelhos móveis que “seguem” e captam a luz do sol durante todo o dia.
A Smart Solar International, de Tóquio, que também tem um escritório na Califórnia, vai começar a produzir o sistema no Japão em agosto deste ano, com o objetivo de que ele seja adotado nas áreas atingidas pelo tsunami na costa do Pacífico Norte.
As vendas desse novo sistema de geração de energia solar com uso de painéis mais modernos devem começar em outubro, com as vendas para o exterior visando especialmente regiões como a Ásia e o Oriente Médio, de preferência antes de 2014.
O dispositivo possui uma linha de barras de alumínio espelhadas que podem se girar lentamente à medida que o sol se desloca, e refletem a sua luz de volta em um tubo central que é revestido de multicamadas de células solares de alto desempenho.
Seus inventores dizem que o sistema exige muito menos quantidade de silício – um componente mais caro e que é importado principalmente da China – e ainda é maior do que os painéis de células fotovoltaicas convencionais.
O tubo tem um sistema para evitar o superaquecimento, o que reduz a eficiência da geração de energia, e o calor em excesso pode ser usado para aquecer água. “É possível obter eletricidade e calor a partir do mesmo dispositivo”, disse Takashi Tomita, ex-executivo da Sharp Corporation, que dirige o projeto da Universidade de Tóquio, no Centro de Pesquisas de Ciência e Tecnologia Avançada.
A demanda por energia renovável começou a crescer no Japão desde o terremoto e o tsunami ocorridos em 11 de março deste ano, que afetaram diversas cidades e atingiram uma usina nuclear na costa nordeste, causando o pior desastre atômico desde Chernobyl, na antiga União Soviética, há 25 anos. O governo anunciou uma grande revisão da política energética com a finalidade de promover a geração de energia solar e outras formas de energia alternativa.
“Temos de enviar nosso produto, primeiramente, para as regiões onde ocorreram a catástrofe no Japão”, disse Tomita, também professor da Universidade de Tóquio.
“Eu quero enviar este sistema de painéis solares o mais cedo possível, especialmente para lojas de conveniência e outras instalações onde as pessoas se reúnem”. Nos próximos anos, Tomita pretende vender o sistema também no exterior.
A empresa também aponta para vendas na Índia e no Oriente Médio. Na próxima semana, a Smart Solar planeja exibir uma versão do sistema de espelho parabólico na feira Intersolar, em Munique, na Alemanha.
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