Brasil deve crescer 3% em 2013, segundo FGV

Brasil deve crescer 3% em 2013, segundo FGVO crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 deve ficar entre 3% e 3,5%, segundo projeção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre), que divulgou na última sexta-feira os resultados das projeções do modelo macroeconômico durante o Seminário Perspectivas da Economia Brasileira para 2013. Os dados completos serão publicados em dezembro.

A estimativa é inferior à do Ministério da Fazenda, de crescimento do PIB em 4% no próximo ano.

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De acordo com a coordenadora técnica do Boletim Macro, Silvia Matos, o crescimento da economia em 2013 vai ser melhor que o de 2012, já que o crescimento deste ano deve ficar em torno de 1,5%. Mesmo com a retomada econômica no fim do ano, Silvia considera a perspectiva ruim na comparação com demais países da América Latina.

“Está todo mundo criticando o cenário internacional, mas quando a gente olha outros países da América Latina, por exemplo o Chile, que acabou de divulgar os dados, o investimento chegou a 28% do PIB, eles estão com um superinvestimento. Quer dizer, tem algum problema no Brasil, eu acho que a gente está desconectado um pouco, pelo menos de alguns países.”

Para a pesquisadora, o governo sempre vai buscar um “vilão” para justificar o baixo crescimento da economia, como o cenário internacional adverso. Segundo ela, “é mais fácil a população e o mercado como um todo” informarem “que o Brasil está crescendo menos”de 4%.

De acordo com dados do Ibre, de 2003 a 2010, a média de crescimento do PIB foi 4%. De 2011 a 2013, a projeção é 2,4% de crescimento médio. A expectativa do instituto para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 5,7% para o próximo ano.

Para a taxa de investimento, a projeção do Ibre é o ano fechar em 18,5% do PIB, contra 19,5% no ano passado. A coordenadora ressalta que a situação com crescimento baixo e inflação mais alta leva à retração no investimento e falta de qualidade nos serviços prestados pelo Estado. “Você tem uma demanda represada que está cada vez mais latente, porque há muito tempo que a gente não investe em infraestrutura.”

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