China vê desafios em exportações para 2012
China vê desafios em exportações para 2012A China enfrenta “graves desafios” em relação às exportações, devido a dificuldades da economia nos principais mercados ocidentais, alertou o Ministério das Finanças do país.
Dados que serão apresentados no próximo sábado apontam uma forte desaceleração do crescimento das exportações chinesas em novembro, informou o ministério. Vendas para a Europa e os EUA, que compreendem cerca de 40% do total das exportações, não devem se recuperar no próximo ano.
O ministério disse que a China vai focar as exportações nos mercados em desenvolvimento da Ásia e da América Latina.
A China também vai tentar aumentar as suas importações do Ocidente, disse o ministério, a fim de ajudar a apoiar suas economias e para equilibrar o superávit comercial do país oriental.
Exportações para a União Europeia caíram 9% em outubro de 2011, em comparação a um ano atrás e as exportações para os EUA caíram 5%. O total de exportações do país, porém, chegou a 15,9%, graças, em parte, à crescente demanda da América Latina.
No entanto, essa foi a taxa mais fraca de crescimento anual em dois anos, e as exportações caíram fortemente em comparação com o mês anterior.
As importações também caíram, embora uma grande parte inclua peças e materiais para montagem de produtos exportados pela China.
O Ministério do Comércio também culpou o aumento dos salários na China pelos danos à sua competitividade comercial.
China vê desafios em exportações para 2012Possível resistência
“No próximo ano, acho que teremos de enfrentar grandes desafios em nossas exportações e importações”, disse o diretor de Comércio Exterior, Wang Shouwen. “A Europa e os Estados Unidos não vão melhorar, e os custos internos vão ficar tão altos quanto este ano, então a situação do comércio exterior será grave no próximo ano”.
“No entanto, alguns países em desenvolvimento e economias emergentes estão desfrutando de ótimas performances econômicas, por isso vamos dar mais importância às exportações para esses países”.
O plano da China de se concentrar em mercados em desenvolvimento pode enfrentar resistência.
Dados recentes mostraram que o crescimento econômico do Brasil caiu no último mês. O Brasil tem sua própria competitividade prejudicada pelas exportações em torno da fraqueza das moedas ocidentais. Enquanto isso, na Índia, a resistência pode ser em relação à abertura da economia do país aos concorrentes estrangeiros.
O governo chinês suspendeu planos para deixar supermercados globais competir no país, após tumulto político e protestos públicos.
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