Oportunidades de trabalho na Ásia
carreira profissional na ásiaProcurando novas oportunidades no mercado de trabalho? Olhe com atenção para a Ásia.
As empresas da região estão em busca de profissionais, de acordo com consultores de recrutamento e conselheiros de vagas de trabalho.
Eles dizem que os países asiáticos estão vivendo um aumento nas oportunidades de trabalho executivo, especialmente no setor de serviços financeiros, que está se recuperando depois de ter sido duramente atingido pela desaceleração econômica dos últimos anos.
A China disparou a recuperação econômica, passando direto para o modo de crescimento, de acordo com Harry O’Neill, sócio-gerente da Heidrick & Struggles Executive Search, empresa de recrutamento baseada em Hong Kong.
Isso criou uma demanda por serviços profissionais em toda a região. Negócios que saem da China e da Índia estão resultando em um boom na contratação de hubs de emprego em Hong Kong e Cingapura, disse ele.
“Hong Kong não se sente como uma cidade em recessão”, O’Neill disse à rede de TV americana CNN. Quando comparado com a recuperação da economia em Londres e Nova York, “a cidade nem sentiu uma crise”, disse ele. “É aí que está a diferença entre os centros financeiros asiáticos e o resto do mundo”.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento robusto na Ásia para os próximos anos. A economia de Singapura tem previsão de subir 15% este ano e o crescimento na China é estimado em 10,5%.
Em comparação, as recuperações nos Estados Unidos e na Europa enfrentam incerteza e desigualdade. As últimas perspectivas do FMI sobre a economia global anunciam aumento da economia dos EUA de 2,6% em 2011 e a economia da zona euro cresce insignificantes 1,7%.
O sólido crescimento na Ásia já levou a um salto no nível de empregos na região.
As atribuições de serviços financeiros em toda a Ásia aumentaram 48% entre 2009 e 2010, segundo um relatório divulgado no mês passado pelo serviço de gestão de carreira executiva da Associação de Consultores da Executive Search.
Experiência conta
Bill Fischer, professor da Escola de Negócios IMD, da Suiça, que estudou as mudanças no clima de negócios na China, disse que as empresas chinesas estão cada vez mais interessadas em contratar estrangeiros com experiência nos mercados financeiros internacionais e na construção de marcas globais.
“As habilidades que vêm junto com o gerenciamento de uma ampla plataforma. Essas são as habilidades que eles não tiveram que desenvolver no passado. Mas, como eles querem construir suas próprias marcas, eles querem fazer isso também”, disse ele.
“Os empregos estão lá, mas eles estão lá para as pessoas que não só são experientes, mas têm algumas habilidades de linguagem, especialmente se você estiver trabalhando para uma empresa chinesa”, acrescentou.
Os graduados nos cursos de administração estão migrando para a região. Na turma de formandos da escola de negócios INSEAD, 22% dos alunos foram trabalhar na Ásia no ano passado, de acordo com Vinika Rao, diretor associado de serviços de carreira para a instituição de ensino, que tem campi na França, em Cingapura e em Abu Dhabi.
Rao disse que a INSEAD espera que o número de colocações em economias emergentes da Ásia cresça ainda mais. E a definição de economias emergentes está se ampliando, disse ela.
“Já não são mais só a Índia e a China, agora estamos falando cada vez mais sobre as oportunidades na Indonésia, Vietnã, Camboja. Países que tradicionalmente não poderiam ter sido a primeira escolha para profissionais com MBA”.
A concorrência é intensa para os empregos criados por este boom de contratação, diz Stephen Shih, chefe do serviço de carreira e relações corporativas da escola de Ciência e Tecnologia de Negócios na Hong Kong University.
Ele disse que a região é atraente não apenas por suas oportunidades imediatas, mas também pelo seu potencial como plataforma de lançamento para uma carreira internacional.
“O crescimento cria oportunidades de inovação e aprendizagem rápida. Para os líderes empresariais em potencial, a Ásia é um ótimo lugar para construir não apenas uma carreira focada na Ásia, mas uma carreira global”.
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