Problemas e desafios do transporte público urbano. Como se preparar para esta nova realidade

Um dos direitos fundamentais das pessoas é o de ir e vir. No entanto boa parte das metrópoles brasileiras não tem conseguido viabilizar esse direito de forma satisfatória. A mobilidade das metrópoles, com exceção de algumas regiões metropolitanas, aplica-se quase uniformemente. São Paulo e Rio de Janeiro, por suas dimensões, mostram-se como os piores casos no Brasil.

As metrópoles brasileiras cresceram muito rápido no período de 1930 a 1980. A mudança da matriz econômica caracterizou-se por intenso movimento migratório campo-cidade e o Brasil agrário torna-se o Brasil urbano.

De outro lado, uma das estratégias adotadas para desenvolver o setor industrial no Brasil foi priorizar a indústria automobilística. A produção de automóveis envolve a expansão e a consolidação de diversos setores econômicos (produção de insumos, combustível, desenvolvimento do mercado de crédito e financiamento etc.).

Diante disso, o automóvel individual se tornou prioridade dos investimentos em mobilidade urbana. Acelerando ainda mais pelo aumento da renda nas classes C e D, que estão adquirindo novos automóveis. Que por sua vez, tiveram prioridade, na maioria das vezes, em detrimento do transporte coletivo.

São ainda estas classes sociais com menor poder aquisitivo que seriam o alvo prioritário de transporte coletivo, uma vez que residem em geral, distante dos locais de emprego, consumo e entretenimento. A dependência de transporte público é crucial para o seu deslocamento já ineficiência dos transportes coletivos foram fatores que incentivaram a estas classes buscarem novas alternativas e com isso, o aumento desenfreado de carros e motos pelas ruas de São Paulo.

Como estamos em um novo cenário, tudo o que foi até o momento implementado como padrão para gestão de uma empresa de transporte coletivo, precisa ser repensado. O Brasil está em um processo dinâmico de mudança saindo de um país subdesenvolvido para uma possível Potência Econômica. Não podemos esquecer que o país hoje já é a sexta maior economia do mundo.

Mas, como enfrentar estes novos tempos? Compreender a demanda atual do transporte urbano é o primeiro passo para conseguirmos nos adequar a realidade brasileira e estarmos preparados para os diversos “futuros”, ou seja, em cada fase de mudança que o Brasil passará.

Para compreender os novos tempos através da ciência, firmei parcerias com professores doutores universitários, com o intuito de estudar este mercado e compreender o que de fato, dever ser feito. Nesta primeira fase, já obtivemos diversos novos elementos que nos capacitam a compreender essa demanda. Entre eles: velocidade no transporte, conforto, relação humana entre cliente e condutores sustentada em ética, moral e responsabilidade social (postura no trânsito, por exemplo), sustentabilidade nas ações da empresa, seriedade no comportamento com os clientes, precisão nos horários de transporte, entre outros.

.:Sobre Adair Teixeira:.

Formado em Direito pela Universidade do Grande ABC, com especializações em Direito Processual Civil pelo Mackenzie, MBA em Gestão Empresarial, MBA em Gestão de Pessoas e em Finanças, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), possui experiência de mais de 17 anos no segmento de transporte urbano. Neste período, Adair Teixeira foi responsável por ações fundamentais dentro das empresas na qual trabalhou, como a aplicação de Sistemas de Gestão Ambiental (SGA); a implantação da ISO 9001, por intermediar a contratação de empresas especializadas na implantação de palestras motivacionais e treinamentos de liderança, implantando estas ações inovadoras, em diversas empresas do setor. Atualmente, atua como Diretor Operacional da Viação Riacho Grande, Auto Viação Triângulo e a Viação Imigrantes, visando aperfeiçoar os processos e implantar melhorias significativas para a população e para os colaboradores da empresa.

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