O grupo norte-americano Maxcor Inc. anunciou esta semana a compra da ThyssenKrupp MetalCutting, a divisão de máquinas do grupo alemão. O Maxcor – que já era propietário da Cincinatti-Milacron e da Lamb (hoje Cincinatti Lamb) – torna-se assim um dos maiores fabricantes de máquinas-ferramentas do mundo. A negociação envolve as fábricas de máquinas da TKMC em sete países, incluindo a unidade brasileira de Diadema (SP).

Com a aquisição, o grupo Maxcor passa a ser proprietário das marcas Hüller Hille, Cross Hüller, Hessap, Witzig & Frank, Giddings & Lewis e Fadal. A TKMC tem 2.735 funcionários no mundo e faturou cerca de 490 milhões de euros em 2004.

Segundo Henry Goffaux, diretor-presidente da filial brasileira, há algum tempo o grupo ThyssenKrupp vinha querendo negociar a divisão de máquinas e focar-se nos segmentos onde enxergava maior potencial de crescimento, como aço, automotivo e elevadores. “Agora, encontrou o parceiro ideal que já havia adquirido duas grandes empresas nos EUA, a Cincinatti Milacron, de centros de usinagem, e a Lamb, de máquinas especiais, e agora passa a contar com um conglomerado que reúne operações na Europa, com ramificações na China, na Coréia, e no Brasil”, explica. “O grupo Maxcor é 100% focado na área de máquinas”.

Para Goffaux, a operação no Brasil não sofrerá alterações. “Pelo contrário, abre grandes oportunidades para o Brasil, já que continuaremos sendo a única fábrica do grupo na América do Sul”. Entre as boas oportunidades, o diretor lembra que a gama de produtos do grupo será ampliada. “A ThyssenKrupp não possuía, por exemplo, centros de usinagem de cinco eixos. Agora, passa a contar com a linha completa da Cincinatti”, informa.

Conforme Goffaux, a política em relação ao Brasil deve ser mantida. “Os investimentos na unidade brasileira serão mantidos. A política de exportação continua, assim como a política do BlueStar”, diz, acrescentando que “temos uma boa carteira de pedidos e o mercado continua aquecido”.